Há 90 milhões de anos, um dinossauro poderia ter sido o seu vizinho!
Você já assistiu ao filme “Parque dos Dinossauros”? Então, acredite: eles existem e estão em Marilia!
Os amigos de outras cidades sempre me perguntam: Quais são as atrações turísticas de Marília? Até algum tempo, eu não sabia exatamente o que dizer...Falava sempre na beleza da região, do ar puro, dos shoppings, cinemas, do bosque, das cachoeiras; mas não conseguia dar ênfase a alguma característica local.
De repente ouvi um burburinho na cidade sobre a novela “Morde e Assopra” e fiquei sabendo que o personagem principal da trama foi inspirado em um mariliense, chamado William Nava. Paleontólogo e pesquisador de fósseis, répteis e dinossauros, há mais de 18 anos na região. Fiquei curiosa com a questão e fui conhecê-lo pessoalmente. Conversando com Nava, percebi sua fascinação pela paleontologia e ao mesmo tempo seu jeito calmo e tranquilo de falar. Nava me contou que tudo começou com uma grande curiosidade que vem desde a sua infância. “Eu tinha mais ou menos 10 anos, morava em Dracena e já gostava muito de animais. Em 1960, mudei com minha família para Marília. Foi quando os vales da região me chamaram a atenção e comecei a pegar pequenas rochas e quebrá-las com um martelinho para ver se tinha algo dentro delas”.
Os anos foram se passando e pouco a pouco, Nava continuou buscando pedras, rochas, e intuitivamente acreditando que iria encontrar algum fóssil de dinossauro em Marilia!
No final dos anos 80, William Nava escreveu para o Instituto Geológico, em São Paulo, pedindo mais informações sobre a região da alta Paulista e rapidamente recebeu a resposta com a confirmação de que Marília e a região estão em cima de um planalto, próximo a serra dos Agudos, a qual possui rochas sedentárias com mais de 90 milhões de anos, o que indicava toda a possibilidade de encontrar fósseis pré-históricos.
Finalmente em 1993, William Nava encontrou seu primeiro fóssil: um pedacinho da bacia de um Titanossauro herbívoro. Daí pra frente, ele não parou mais de pesquisar. A cidade percebeu então a importância de seu trabalho e a necessidade de mostrar a comunidade local e regional, os fósseis de dinossauros e crocodilos coletados por ele. Foi criado então no ano de 2004, o Museu de Paleontologia de Marília, e claro, William Nava se tornou o seu coordenador.
Mas para a felicidade de Nava e a nossa também, a história não para por aí! Em 2006, através de seu trabalho constante e minucioso, o nosso “Indiana Jones” encontrou um ínfimo osso nas rochas da região. Mais uma vez, para confirmar sua veracidade, ele enviou o fóssil para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A análise foi feita e este era parte de um crocodilo que supostamente viveu aqui, há mais de 90 milhões de anos. Devido a raridade deste fóssil no Brasil, a UFRJ se encarregou de divulgar a descoberta do mesmo e o batizou de “Adamantinasuchus navae”. “Fiquei muito feliz por encontrar este fóssil tão raro e muito lisonjeado por saber que ele foi catalogado com o nome ‘navae’ em minha homenagem”, comenta William.
Quem estiver interessado em apoiar essa ideia e coloca-la em prática é só escrever para o William Nava ou dar uma olhadinha no blog do Museu de Paleontologia.
Por enquanto, o único jeito de curtir os “Dinos e os seus parentes” é fazendo uma visita ao Museu.
Informações
Museu de Paleontologia de Marília: Av. Sampaio Vidal 245 - Centro. Tel: (14) 3402-6600
E-mail para contato: willnava@terra.com.br
Você já assistiu ao filme “Parque dos Dinossauros”? Então, acredite: eles existem e estão em Marilia!
Os amigos de outras cidades sempre me perguntam: Quais são as atrações turísticas de Marília? Até algum tempo, eu não sabia exatamente o que dizer...Falava sempre na beleza da região, do ar puro, dos shoppings, cinemas, do bosque, das cachoeiras; mas não conseguia dar ênfase a alguma característica local.
De repente ouvi um burburinho na cidade sobre a novela “Morde e Assopra” e fiquei sabendo que o personagem principal da trama foi inspirado em um mariliense, chamado William Nava. Paleontólogo e pesquisador de fósseis, répteis e dinossauros, há mais de 18 anos na região. Fiquei curiosa com a questão e fui conhecê-lo pessoalmente. Conversando com Nava, percebi sua fascinação pela paleontologia e ao mesmo tempo seu jeito calmo e tranquilo de falar. Nava me contou que tudo começou com uma grande curiosidade que vem desde a sua infância. “Eu tinha mais ou menos 10 anos, morava em Dracena e já gostava muito de animais. Em 1960, mudei com minha família para Marília. Foi quando os vales da região me chamaram a atenção e comecei a pegar pequenas rochas e quebrá-las com um martelinho para ver se tinha algo dentro delas”.
Os anos foram se passando e pouco a pouco, Nava continuou buscando pedras, rochas, e intuitivamente acreditando que iria encontrar algum fóssil de dinossauro em Marilia!
No final dos anos 80, William Nava escreveu para o Instituto Geológico, em São Paulo, pedindo mais informações sobre a região da alta Paulista e rapidamente recebeu a resposta com a confirmação de que Marília e a região estão em cima de um planalto, próximo a serra dos Agudos, a qual possui rochas sedentárias com mais de 90 milhões de anos, o que indicava toda a possibilidade de encontrar fósseis pré-históricos.
Finalmente em 1993, William Nava encontrou seu primeiro fóssil: um pedacinho da bacia de um Titanossauro herbívoro. Daí pra frente, ele não parou mais de pesquisar. A cidade percebeu então a importância de seu trabalho e a necessidade de mostrar a comunidade local e regional, os fósseis de dinossauros e crocodilos coletados por ele. Foi criado então no ano de 2004, o Museu de Paleontologia de Marília, e claro, William Nava se tornou o seu coordenador.
Mas para a felicidade de Nava e a nossa também, a história não para por aí! Em 2006, através de seu trabalho constante e minucioso, o nosso “Indiana Jones” encontrou um ínfimo osso nas rochas da região. Mais uma vez, para confirmar sua veracidade, ele enviou o fóssil para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A análise foi feita e este era parte de um crocodilo que supostamente viveu aqui, há mais de 90 milhões de anos. Devido a raridade deste fóssil no Brasil, a UFRJ se encarregou de divulgar a descoberta do mesmo e o batizou de “Adamantinasuchus navae”. “Fiquei muito feliz por encontrar este fóssil tão raro e muito lisonjeado por saber que ele foi catalogado com o nome ‘navae’ em minha homenagem”, comenta William.
Quem estiver interessado em apoiar essa ideia e coloca-la em prática é só escrever para o William Nava ou dar uma olhadinha no blog do Museu de Paleontologia.
Por enquanto, o único jeito de curtir os “Dinos e os seus parentes” é fazendo uma visita ao Museu.
Informações
Museu de Paleontologia de Marília: Av. Sampaio Vidal 245 - Centro. Tel: (14) 3402-6600
E-mail para contato: willnava@terra.com.br
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