segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Outubro Rosa busca conscientizar população, empresas e entidades sobre prevenção do câncer de mama


O movimento, que dura o mês inteiro, alerta sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que deve atingir mais de 52 mil pessoas este ano
               
Dados recentes do Inca (Instituto Nacional de Câncer) apontam que o Brasil será responsável por 52.680 novos casos de câncer de mama até o fim do ano – 3.400 a mais do que dois anos atrás.
Com o objetivo de conscientizar e combater este tipo de câncer, o movimento popular conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.
O movimento, que dura o mês inteiro, busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.
Segundo o mastologista Dr. José Roberto Filassi, coordenador de mastologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), uma das razões para o aumento da incidência de câncer de mama nos últimos anos é que as mulheres engravidam mais tarde e amamentam menos. “Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados”, completa.
O médico também destaca que existem os fatores de risco ligados a aspectos hormonais, genéticos e idade. “Vale lembrar que histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, pode indicar predisposição genética”, comenta.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, em parte porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Em 2010, a doença foi responsável por 12.852 mortes, sendo 12.705 mulheres e 147 homens, que também podem ser surpreendidos pela doença. Especialistas alertam que quando mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de cura.
Mundo rosa
Algumas das principais cidades do Brasil e do mundo estão participando da campanha do câncer de mama, iluminando seus principais edifícios e monumentos históricos com luz rosa.
Em Londres, o Palácio de Buckingham, a Coluna de Nelson, a Torre 42, o HMS Belfast, o Somerset House, o Edifício Blue Fin e a Heron Tower foram banhados com o brilho rosado para aderir à campanha.
As cidades de Nova York e Tóquio também participam da campanha com os seus edifícios Empire State Building e a Torre de Tóquio.
No Brasil, monumentos e edifícios como o Congresso Nacional, em Brasília, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o MASP (Museu de Arte de São Paulo) receberam neste mês uma iluminação especial em comemoração ao Outubro Rosa.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Casa para idosos carentes foi construída com prêmio de loteria

Há 59 anos, Álvaro Cardozo ganhou, sozinho, o 1º prêmio e usou todo o dinheiro para realizar o sonho de sua esposa
O que você faria se ganhasse sozinho o 1º prêmio na loteria? A maioria das pessoas compraria a tão sonhada casa própria, carro, mobília e muitas roupas novas, uma viagem ao redor do mundo, e, talvez, dividir um pouco com a família e, quem sabe, com alguns amigos...
Há 59 anos, um senhor, em Guarulhos, cidade próxima à São Paulo, teve essa oportunidade. Mas fez algo bem diferente.
Álvaro de Azambuja Cardozo, conhecido pelos amigos como Capitão Cardozo, e sua esposa Alice, formavam um casal com fortes e sinceros ideais de amor e fraternidade. Seu maior sonho era montar uma instituição de caridade onde pudessem abrigar idosos. “No Brasil, as pessoas preferem ajudar crianças. Pouco se faz para ajudar os idosos carentes, que muitas vezes são abandonados pelas próprias famílias e vivem nas ruas”, afirmava Alice.
Como eles não possuíam condições financeiras para tal empreendimento, guardaram o seu sonho. Os anos se passaram e Dona Alice morreu ainda jovem, sem realizar seu sonho.
Contudo, em 1952, Cardozo foi surpreendido pelo destino. Ele foi premiado, sozinho, com o 1º prêmio da Loteria Federal. No ano seguinte, com o dinheiro da premiação, ele adquiriu um terreno arborizado, com aproximadamente 30.000 m², junto à Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, e deu início à construção da “Casa dos Velhos Irmã Alice”, em homenagem à sua amada esposa. Os primeiros aposentos levantados já abrigaram, de imediato, alguns idosos carentes, que passaram a usufruir da solidariedade a que se propunha a casa.
As lutas de Álvaro para a concretização do seu intento duraram todos os dias de sua vida, desde a data da construção da primeira edificação. Ele dedicou não somente dinheiro, mas toda sua vida para sua casa de caridade. Optou por morar na instituição e abraçou a causa com toda sua alma e disposição até o dia 20 de março de 1970, data em que faleceu.
Hoje, a casa oferece 4 pavilhões de alojamento mobiliados para terceira idade, cozinha industrial, refeitório e lavanderia industrial, todos recém reformados. Os residentes também têm à sua disposição: salão de festa, sala de televisão, biblioteca, ambulatório médico, sala de fisioterapia e espaço para jogos. A equipe de funcionários conta com uma médica geriatra, enfermeira, técnicas de enfermagem e nutricionista.
“Desde o início, a manutenção da ‘Casa dos Velhos Irmã Alice’ é feita por meio de doações feitas por pessoas físicas e algumas empresas sensíveis à causa. Apesar das dificuldades inerentes à filantropia, a instituição abriga, em média, 30 idosos carentes, sem família ou sem relação normal com familiares próximos, sem bens, sem renda e que aqui são tratados de forma fraterna, carinhosa e amorosa, como sonhavam o Capitão Cardozo e sua esposa Alice. Nos últimos anos, tivemos uma importante queda nas doações, o que pode inviabilizar a continuidade das nossas atividades de caridade”, explica Claudia Ribeiro do Valle Armond, uma das voluntárias da casa.
 A “Casa dos Velhos Irmã Alice” precisa de ajuda. Pessoas físicas ou empresários podem fazer sua doação em dinheiro, roupas ou quaisquer utensílios que possam ajudar no dia a dia desses nossos amigos carentes, sem família, sem bens e sem renda, que são tratados com muito amor e respeito. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Aumento da longevidade na terceira idade não é privilégio só dos humanos


Com 23 anos, a cadela inglesa Lulu é uma das mais velhas do mundo. Como cada ano dos cães equivale a sete dos nossos, sua idade equivale a 161 anos
Com os avanços da medicina e da qualidade de vida no século passado, a expectativa de vida aumentou muito, tornando comum notícias sobre pessoas que facilmente chegam aos 100 anos e, em muitos casos, bem além disso.
Mas o aumento da longevidade na terceira idade não é privilégio só dos humanos. Nossos eternos e fieis amigos, os cães, também estão passando dos 100 anos.
Com 23 anos, Lulu (foto), da raça Beagle, é um dos cães mais velhos do mundo. Como cada ano dos cães equivale a sete dos nossos, Lulu tem a idade equivalente a 161 anos.
A simpática cadelinha vive com seu dono, Travis Buckley, em Longford, na cidade de Coventry, Inglaterra. Buckley ganhou a mascote de sua filha em 1989. Na época, a cadela tinha apenas seis semanas de idade.
Em declarações ao jornal inglês The Sun, Buckley, de 62 anos, acredita que a fórmula da longevidade de sua cadelinha pode ser explicada pelo hábito de acompanhá-lo fielmente ao pub que ele frequenta.
“Ela tem o hábito de passear ao invés de querer voltar para casa. Ela vem e senta-se no canto do bar esperando por mim. Todos a adoram”, explica Buckley, enquanto a Beagle ganha chamegos e bajulações de quem passa pelo bar.
Na festa de aniversário de seus 21 anos (foto), Lulu, já surda, praticamente cega e andando com dificuldade, ganhou um bolo e muito carinho de Buckley e sua esposa Susan Parybus, de 56 anos.
Ainda não foi criada a fórmula da longevidade, mas, com certeza, o exemplo de Lulu nos mostra que amizade e carinho são alguns de seus ingredientes principais.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Feito cão e gato


Existem pessoas que adoram animais, já possuem os seus bichos de estimação, mas gostariam de ajudar de alguma forma cães e gatos que não têm lar. "Adoção consciente é a solução contra o abandono de animais". Esse é o lema do Refúgio Pet, uma ONG (organização não-governamental) de Lins que tem como missão encontrar um novo lar para animais vítimas de abandono ou maus tratos.  
A idéia de montar a ONG surgiu de uma conversa entre a Presidente Denise Lima com amigos pessoais e um grupo que faz parte de uma rede social em março de 2012. “Precisávamos de dinheiro para manter esses primeiros animais e começamos a arrecadar dinheiro com uma rifa de uma cesta de Páscoa. A partir daí chegaram mais pessoas que abraçaram a causa e juntos organizamos a ONG Refúgio Pet”, esclarece. 
Mesmo sem nenhum preparo ou infra-estrutura adequada, os voluntários não conseguiram “fechar os olhos” para o problema. “Quando via que ninguém ia assumir o compromisso com os animais, não consegui ficar sem fazer nada”, explica Denise. Hoje, a ONG conta com uma equipe de 15 sócios ativos que colaboram financeiramente, divulgam o trabalho, oferecem um lar temporário, encontram mais voluntários, realizam o acompanhamento das adoções, além dos veterinários parceiros que realizam todo o tratamento necessário para os animais.
Desde março, foram mais de 60 animais resgatados das ruas. Todos que chegam são cuidados, vacinados e encaminhados para adoção. Mais de 30 já encontraram um novo lar, outros estão em lares temporários, alguns em tratamento, e outros já disponíveis para serem adotados.
O principal objetivo da ONG é recuperar o animal para reinserção em outro lar. Para isso, os cães recebem o tratamento necessário até estarem aptos para a adoção. O problema é que muitas vezes o tratamento pode demorar como foi o caso do gato Timóteo que, ao ser resgatado pela entidade, estava debilitado e com problemas na pele e pêlo, resultado do abandono.
Segundo Denise, alguns animais resgatados passaram por situações extremas de sobrevivência. Tufão, por exemplo, foi encontrado amarrado com arame com parte do pescoço cortado. Ao ser encontrado, o cachorro foi tratado e acabou vencendo a promoção Special Book como o cachorro mais bonito, após concorrer com outros animais que postaram e compartilharam fotos no Facebook.
Mas não são apenas histórias tristes que podem ser presenciadas no Refúgio Pet.  Há também feiras de adoções, como as que aconteceram no dia 3 de junho e 5 de agosto no estacionamento do Amigão Supermercado em Lins. O resultado dessa mobilização que envolveu centenas de pessoas foi cumprido: encontrar um lar para todos os animais que foram recolhidos das ruas pela ONG. O evento contou com veterinários e visitantes que se emocionaram e acabaram se responsabilizando em adotar um pet.
Para formalizar a adoção, o interessado tem de assinar um termo no qual se compromete a cuidar do animal. Depois da adoção, a ONG mantém contato com os donos para fazer monitoramento, visitas e constatar se não há ocorrência de maus tratos.
O próximo passo do projeto será a construção de um gatil e canil. Quem quiser colaborar, se tornar sócio ou voluntário, pode entrar em contato pelos telefones: (14) 9731-3200 ou 3025-4911, ou pela página http://www.facebook.com/refugiopet.lins.
Mas antes de adotar um animal, tenha certeza de que:
· Sua casa ou apartamento tem espaço suficiente para a espécie escolhida: informe-se sobre suas características e necessidades;
· Você está realmente disposto a cuidar dele por toda a vida. Cães e gatos vivem em média de 12 anos. Pergunte a toda família se estão de acordo em receber o novo integrante e se verifique se nas suas férias e períodos de ausência haverá pessoas para cuidar dele;
· Você está disposto a arcar com as despesas de um animal. Além de amor, alimentação e abrigo, ele vai precisar eventualmente de cuidados veterinários e remédios;
· Você deverá reservar uma parte de seu tempo para dar atenção e carinho, além de dar banho e escová-lo regularmente;
· Se você mora em apartamento ou numa casa com um pátio pequeno, analise se você terá tempo e disponibilidade para passear com ele. Animais necessitam de exercício físico com regularidade;
· Ele não ficará sozinho em casa por longos períodos. Cães deixados presos latem, choram, ficam estressados e, com isso, acabam “aprontando” para se distrair.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hiroshi Hoketsu, 71 anos, é o mais velho atleta da Olimpíada de 2012


O recorde de idade no evento ainda pertence ao atirador sueco Oscar Swahn, que competiu nos Jogos de 1920 em Antuérpia, na Bélgica, com 72 anos

Desde os primeiros Jogos Olímpicos, realizados em Olímpia, na Grécia, do século VIII a.C. ao século V d.C., a imagem que temos dos atletas participantes é de pessoas bem treinadas nas modalidades esportivas que irão competir e, principalmente... jovens.
Mas, de lá para cá, muita coisa mudou, e o perfil dos competidores nas Olimpíadas, também, conforme o mundo todo pôde constatar no último dia 2 de Agosto, em Londres, após a disputa da primeira etapa da prova do adestramento de cavalo – uma modalidade mais clássica das que fazem parte do hipismo em Jogos –, realizada pelo japonês Hiroshi Hoketsu, 71 anos, o mais velho atleta da Olimpíada de 2012.
Hoketsu registrou a pontuação de 68.739 e teve o oitavo melhor desempenho entre os 13 competidores que se apresentaram na manhã daquele dia, em Greenwich. No entanto, muito exigente consigo mesmo, Hoketsu deixou a arena irritado com as falhas na apresentação, apontado os equívocos de desempenho na companhia da égua Whisper. “Cometi dois ou três erros que não deveria cometer”, comentou.
Jogos de Tóquio de 1964
O cavaleiro japonês estreou em Olimpíadas há quase cinco décadas, com apenas 23 anos, nos Jogos de Tóquio de 1964. Com a 40ª colocação, entendeu na época que sua missão no esporte estava cumprida.
Mas, depois de um longo período de inatividade, Hoketsu voltou a se dedicar ao esporte em 2003, ao se aposentar da função de presidente de uma companhia farmacêutica. Neste ano, resolveu se mudar sozinho para a Alemanha, deixando mulher e filha no Japão, para poder se dedicar exclusivamente aos treinamentos.
Mais de quarenta anos depois o cavaleiro voltou a disputar os jogos em 2008 em Pequim, com a 35ª posição geral. Agora, em Londres, faz sua despedida como segundo atleta mais velho da história das Olimpíadas.
Ao ser questionado sua motivação para seguir competindo já como setentão, Hiroshi afirmou que prefere “estar sentado em um cavalo do que sentado em uma cadeira em casa”.
Jogos do Rio de Janeiro 2016
Desapontado com a notícia de que sua égua, Whisper, irá se aposentar do mundo da competição este ano, Hoketsu descarta a possibilidade de participar dos Jogos do Rio de Janeiro em 2016. “Enquanto tiver motivação, vou competir. Mas não devo ir ao Brasil, será difícil achar um outro cavalo apropriado", comentou.
O recorde de idade nas Olimpíadas ainda pertence ao atirador sueco Oscar Swahn, que competiu nos Jogos de 1920 em Antuérpia, na Bélgica, com 72 anos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Velhice


Crônica do amigo radialista e escritor linense, Cilmar Machado do Santos.
Homenagem à terceira idade e também aos nossos parceiros do Portal da Terceira Idade!

                Há certos vocábulos em nossa língua que tendem a desparecer pelo desuso. A VELHICE é uma dessas palavras. Hoje, o máximo que se admite para alguém com muitos anos é ser chamado de idoso ou idosa. Mas, como na matemática, a ordem dos fatores não altera o produto final, todos os que atravessam a famigerada casa dos ENTA, são idosos e ponto final.
                Uma amiga minha, após tornar-se sessentona, inconformada com tal situação, desabafou num divertido E-mail, chegando a afirmar que devemos aceitar a velhice recusando as metáforas que nos impingem: ¨ terceira idade ¨, ¨ idade de ouro ¨ melhor idade ¨ e muitas outras mais. Segundo ela, ¨ ser velha não é crime, é apenas constrangedor ¨, sendo a velhice, ¨ a última sacanagem que a Natureza comete contra nós. ¨ De característica dinâmica e empreendedora, mesmo após aposentar-se na direção de uma respeitada multinacional, essa minha amiga passou a frequentar um dos chamados grupos da 3ª Idade e, em pouco tempo, constatou que o problema do idoso não é tanto saber de seus direitos e sim como comportar-se para dar menos trabalho aos seus familiares e amigos. Observadora arguta, minha amiga chegou a elaborar algumas normas de conduta para as idosas:
1)      Viva com inteligência o tempo de vida útil que lhe resta. Viva a sua vida, não a dos seus filhos, netos e/ou marido. Tenha seus próprios interesses e projetos.. Ainda se tem direito aos sonhos. Aliás, em breve teremos direito só aos sonhos;
2)      Coma menos, beba menos e fale menos. Velhas magras, sóbrias e contemplativas são menos doentes e chatas;
3)      Poupe seus familiares e amigos (para aquelas que ainda têm alguns) de conversas sobre o passado, doenças e dinheiro. Estes assuntos devem ser tratados, só e somente só, com seu psicoterapeuta. Em caso de emergência, a exceção é aquela sua amiga que já teve dois AVCS e não tem condições de reagir;
4)      Não aborreça ninguém com os relatórios de suas viagens. As viagens de velhas são interessantes só pra elas mesmas. Aprenda a ser concisa, comente apenas o destino e a duração da viagem. Se por algum milagre, alguém perguntar mais alguma coisa, procure responder com monossílabos;
5)      Cuidado com a nostalgia e o otimismo. Velhas tristes são chatíssimas. Velhas alegres demais, mais ainda. Não se ofereça para ir a carnaval fora de época com seus sobrinhos. Fora de época, é você. Não tenha certeza de que vai ser uma companhia agradável em acampamentos e shows de rock. Um ataque cardíaco pode acabar com a festa de todo mundo;
6)      Escolha um bom médico. Ele, sim, vai ser seu pai, irmão, marido e amigo querido. Não se automedique. Não há nada mais irritante do que velha metida a curandeira.
E, por último:
        Pense muitas vezes antes de se aposentar. Trabalhar tem muitas vantagens, além do dinheiro. A principal delas é para sua família, pois serão seus colegas de trabalho que vão ter que lhe aguentar a maior parte do tempo.
                Há outros sábios conselhos de minha amiga sessentona que não concebe que às idosas sejam aceitas apenas atividades como: cuidar da horta, do jardim ou mesmo trabalhar para a caridade. Também os homens precisam fugir do estereótipo de que ¨ velho só serve para jogar damas, bingo e dançar forró.  ¨ Aleluia! Há uma luz no final do túnel!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Campanha “Empregue um Idoso!”


Participe da campanha do Portal e conheça mais sobre o benefício fiscal do selo “Empresa Amiga da 3ª Idade – Responsabilidade Sócio-Ambiental”
Aproximadamente 12 milhões de brasileiros da 3ª idade de norte a sul do país, além de vários países de língua portuguesa, visitam mensalmente mais de 2 milhões de páginas do Portal, tornando-o, segundo a Microsoft Comunidades Brasil, principal referência no assunto terceira idade no Brasil.
No ar desde janeiro de 2006, o Portal alcançou o 1º lugar no Google em fevereiro de 2007, mantendo essa posição no ranking até hoje.

Mural de Empregos do Portal

Dentre os vários canais de informação e cultura oferecidos pelo Portal, um dos que mais tem se destacado é o Mural de Empregos do Portal, onde mais de 1000 idosos já postaram anúncios oferecendo-se para trabalhar em várias áreas de atuação: de motoristas e secretárias a professores e advogados.
Uma pesquisa realizada pelo Portal destacou que os perfis profissionais enviados ao Mural de Empregos são em sua maioria de internautas de 3ª idade que aspiram por um posto no mercado de trabalho com muito profissionalismo, responsabilidade e muita boa vontade.
Sabemos, também, que o mercado de trabalho para esta faixa etária é muito pequeno.

Empresa Amiga da 3ª Idade: Empregue um Idoso!

O Portal Terceira Idade lança, então, a Campanha “Empregue um Idoso!”. Empregando um idoso, sua empresa poderá tornar-se parceira do Portal e usar o selo “Empresa Amiga da 3ª Idade – Responsabilidade Sócio-Ambiental” (figura ao lado). Por ser desenvolvido e mantido por uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos, a Associação Cultural Cidadão Brasil, fundada em 1984, os parceiros do Portal desfrutam de incentivo fiscal oferecido pela Lei 9.249/95 (artigo 13, parágrafo 2o), que permite deduzir até 2% do imposto de renda do investimento aplicado.

Esclerose múltipla pode ser tratada com Vitamina D


Neurologista brasileiro revoluciona o tratamento de doenças autoimunitárias e neurodegenerativas
                 
Perda da coordenação motora, rigidez nas articulações e fraqueza muscular são alguns dos sintomas da esclerose múltipla, uma doença autoimunitária que afeta o sistema nervoso central e que, em estágio avançado, incapacita a pessoa para as atividades mais corriqueiras.
Sua evolução leva a insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária e até a perda da visão e da audição. Em todo o mundo, 2,5 milhões de pessoas sofrem de esclerose múltipla. No Brasil, segundo a Abem (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla), há 35 mil casos da doença.
Para a grande maioria dos médicos em todo o mundo, o tratamento tradicional da esclerose múltipla é feito com o medicamento Interferon e corticosteroides, além de fisioterapia e fonoaudiologia, e os resultados apontam para a redução em 30% das crises da doença.

Vitamina D

No entanto, um médico brasileiro vem discordando da terapia tradicional. O neurologista Cícero Galli Coimbra (foto), professor da Universidade Federal de São Paulo, afirma que a chave para o problema é a vitamina D, uma inovação terapêutica defendida em vários estudos publicados em revistas científicas internacionais. “A vitamina D, daqui a alguns anos, será a base do tratamento não só da esclerose múltipla, mas de todas as doenças autoimunitárias”, prevê o especialista (veja entrevista com o médico no vídeo acima).
“Hoje, já se sabe que o risco de esclerose múltipla aumenta quando se têm níveis baixos de vitamina D. O que propomos é a elevação dos níveis de vitamina D ao ponto máximo que não provoque efeitos tóxicos ao organismo. O sucesso do tratamento com vitamina D vem sendo demonstrado e a única dúvida que resta é quanto aos níveis que se devem atingir para que se obtenha o efeito ideal”, explica Coimbra.
Segundo o neurologista, o benefício da vitamina D fica ainda mais nítido se observarmos que os casos de esclerose múltipla são muito mais frequentes nos países nórdicos, como as nações escandinavas e o Canadá, onde a exposição da população aos raios solares é muito baixa. O sol, como se sabe, é a principal fonte de vitamina D com a qual contamos. “A radiação solar da manhã e do final da tarde faz com que o nosso organismo produza vitamina D. Uma pessoa que fique na beira da piscina de sunga, com 90% do corpo exposto ao sol por apenas 10 minutos, produz mais vitamina D do que a contida na dose diária normalmente recomendada pelos médicos. Mas atenção: o mesmo não acontece com o sol do meio-dia, que provoca câncer de pele”, orienta o médico.

Tempos modernos

A esclerose múltipla, bem como as outras doenças do sistema imunológico, é um mal dos tempos modernos – e isso também tem a ver com o sol. Nossos antepassados sofriam muito menos com isso. “Nossos avós tinham uma vida na lavoura, iam à feira livre fazer compras. Hoje, nós pegamos o metrô, descemos num shopping center, entramos num carro com Insulfim, descemos na garagem de um prédio e subimos de elevador. Como toda doença autoimunitária, a esclerose múltipla aumentou muito nos dias atuais. Nosso nível de exposição solar é, hoje, quase o mesmo que o dos ratos de laboratório”, adverte Coimbra.
Consumo sob orientação médica
Coimbra salienta que a vitamina D com fins terapêuticos deve ser consumida sob rigorosa orientação médica, pois os níveis necessários para a eficácia do tratamento são muito mais altos do que os que se encontram nos produtos vendidos em farmácias. “Não se consegue administrar doses que tenham efeito terapêutico apenas com os produtos à venda nas drogarias. Para efetuarmos o tratamento, ainda dependemos de formulações feitas em farmácias de manipulação”, enfatiza.

Mais! Magazine e Linsat: juntas!

O empresário e engenheiro José Pacheco, proprietário da Linsat, recebeu a nossa equipe na última sexta-feira, dia 22, e nos contou um pouco sobre as novidades na comunicação linense e a nova parceria concretizada com a Mais! Magazine.
A ideia do projeto Linsat teve início em 1997, quando Pacheco fabricava antenas parabólicas e as revendia (1990 a 1999), e após algum tempo as TVs a cabo eram a novidade do momento no cenário brasileiro e o seu desejo era trazer para Lins esta tecnologia. O sonho se tornou realidade em março de 2001 a partir da concessão obtida junto à ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações).
Após dez anos de investimentos e possibilidades, Pacheco conseguiu montar toda uma infraestrutura com tecnologia de ponta, que não deve nada a nenhuma operação de TV a cabo com internet em qualquer parte do mundo. Sua estrutura operacional está localizada na Rua Oswaldo Cruz, 759, no centro da cidade.
O empresário explicou que além da TV a cabo há também internet banda larga (Virtu@Lins), onde os clientes podem optar por montar pacotes/combos com valores diferentes. Segundo ele, a rede instalada é do tipo HFC (hibrida com fibra ótica e cabo coaxial) e atinge aproximadamente seis mil residências e pontos comerciais nos bairros do Centro, Morumbi, Garcia, Ariano, Arapuã e parte da Vila Alta.
São aproximadamente 80 canais, 40 quilômetros, de rede com cabo coaxial e mais 9 quilômetros de fibra ótica, pretendendo ainda este ano iniciar a expansão para mais 120 quilômetros de rede para atender cada vez mais a população e oferecer outros serviços como a telefonia fixa e vigilância monitorada. É uma penetração muito boa e nos coloca no mesmo patamar de países de primeiro mundo.
Atualmente, 24% das 55 milhões de residências do país têm TV por assinatura. Segundo o ministro das comunicações Paulo Bernardo, em 10 anos, 80% dos domicílios terão TV paga. Isso se dará pela expansão da renda principalmente das classes C e D, pela recém aprovada regulamentação da lei de serviço de acesso condicionada pela agência reguladora, e pela maior oferta de produtos mais baratos.
“A melhoria de renda vai fazer as empresas puxarem mais cabos para oferecer mais serviço e por isso o potencial de crescimento de cabo. As classes C e D estão chegando ao mercado exigindo TV a cabo e banda larga de qualidade, característica somente das operações via cabo”, disse Pacheco.
Atualmente, a Linsat (www.linsat.com.br) oferece além dos tradicionais canais de assinatura, dois canais linenses que já estão no ar: LinsNews e a Rede Caminho Santo. Foi iniciado um estudo para o Canal 13, Universitário, onde este poderá ser utilizado pelo UNISALESIANO, UNILINS, FATEC e UNIMEP, inclusive na TV a cabo de Piracicaba, onde usa o mesmo Canal 13, para que a UNIMEP possa disponibilizar produções prontas.
A programação do LinsNews conta com as Sessões da Câmara Municipal de Lins, programa de variedades e Arquibancada LCC (Lins Country Club) produzidos pela Cultura Pop (Produtora IdeaFix), propaganda de empresas linenses, e após uma parceria firmada recentemente, a Mais! Magazine passará a exibir os vídeos da TV Mais! (www.maislins.com.br) no LinsNews.
“É de extrema importância não só para nós como também para a Mais! essa novidade, pois a revista que já tem um grande segmento social passará a ter também visibilidade na mídia local”, explicou o empresário.
Os próximos passos da Linsat é levar para as cidades vizinhas a programação do cabo e internet e ainda este ano trazer para Lins alguns canais em HD, com a digitalização de toda a rede.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Rio+20: emprego também é sustentabilidade!


Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terminou na 6ª feira, 22 de junho. Durante duas semanas, o evento, realizado na cidade do Rio de Janeiro, foi palco internacional de debates e exposições sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável para as próximas décadas, onde questões como poluição, efeito estufa, energia limpa e renovável, entre outras, foram debatidas.
A convite da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, o Portal Terceira Idade teve a oportunidade de exibir aos 45 mil visitantes da Rio+20 uma de suas principais campanhas em defesa dos direitos da pessoa idosa. A campanha do Portal “Torne-se uma empresa amiga da 3ª idade: empregue um idoso!” (ilustração ao lado) esteve exposta durante os dez dias do evento no Circuito Brasil Cultural, no espaço Galpão da Diversidade e Cidadania.

Emprego também é sustentabilidade
A 3ª idade também é um segmento da sociedade a ser tratado com respeito e com a devida ampliação de seus direitos, disponibilizando recursos para suas necessidades.
A campanha “Empregue um idoso!” do Portal tem como objetivo conscientizar a população e as empresas contra todo e qualquer preconceito às diversidades culturais, étnicas e etárias.
O Brasil está envelhecendo. Porém, uma das questões principais é como os órgãos governamentais e a sociedade civil vão tratar esta questão. Uma grande parte da população acima de 60 anos está ativa e quer ou precisa trabalhar.
O Portal, através de seu Mural de Vagas de Emprego, já disponibilizou mais de mil postos de trabalho para esta faixa etária, possibilitando, assim, que a população da 3ª idade venha a complementar seus ganhos e poder viver com dignidade esta etapa da vida, reinserindo-os na sociedade e diminuindo, dessa forma, o número de pessoas dependentes de uma aposentadoria, na maioria dos casos, insuficiente e precária.
Emprego também é sustentabilidade. Quanto menor a pobreza de um país, mais sustentável ele será!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Bola para frente


Jogador bom é aquele que faz gol. Goleiro bom é aquele que defende gol. E treinador bom, quem é? O grande mestre que domina todas as regras? O paizão, que trata os jogadores como crianças crescidas, necessitadas de compreensão e apoio? O que sabe revelar novos talentos? O que estuda os adversários? Ou, simplesmente, o vencedor? No momento em que treinador transformou-se em “professor” é evidente a importância deste profissional seja em um grande clube ou em algum time de bairro perto de onde você mora.
E se você imagina que para promover o desenvolvimento pessoal e as habilidades esportivas em jovens que dificilmente teriam uma chance em um grande clube ou academia é necessário fundar uma ONG com dezenas de colaboradores e parceiros, é porque você não conhece Fernando José Teodoro, mais conhecido como Fernandão.
Fernandão é linense, filho de Teresinha de Fátima Teodoro e José Eduardo de Barros Virgilio, e irmão de mais dois homens que nunca se interessaram por qualquer tipo de esporte. Filho de pais separados, Fernando permaneceu dos 11 aos 15 anos na Febem em Lins (Anita Costa), hoje, Fundação CASA, junto aos seus irmãos, após a morte da avó que desestruturaria toda a sua família. 
Com o foco sempre no futebol, aos oito anos, Fernando já era líder do time da rua onde morava. Conta que aprendeu quase tudo o que sabe sobre a bola nos pés, com o professor de Educação Física, Edson, na antiga Febem.
No ano de 1985, Fernandão começou as atividades com os jovens; primeiro dando treino na Rua Rockfeller com o time do Trevinho, depois com o Expressinho da Vila Ribeiro, Estação (NOB), e por fim com o time do Botafogo, onde permaneceu por mais de 10 anos.
Fernandão trabalhou como office-boy, montador de móveis, marceneiro, guarda noturno, e servente de serviços gerais; mas vestiu fielmente apenas uma camisa em toda sua trajetória profissional: a de treinador.
Após muito esforço, em 1998, Fernando participou do 1º Curso de Futebol em Paraguaçu Paulista, o primeiro dos sete que viriam pela frente. No mesmo ano entrou se tornou servidor público e treinador do CSU. Foi também coordenador de Esporte no Projeto Renascer durante seis anos e coordenador do time de base do Linensinho por um ano.
Há um ano é zelador do Ginásio de Esportes João dos Santos Meira e reside no local. Em 1999, Fernandão decidiu que era hora do seu sonho se tornar realidade: sem nenhuma verba política ou patrocínio privado, apenas com algumas doações, Fernandão fundou a Associação Esportiva de Pais de Lins, que atende hoje 88 alunos entre 8 a 16 anos, de segunda, quarta e sexta das 16 às 18 horas.
Sua missão sempre foi fazer o bem e levar alegria por onde passa. A escolinha de futebol ocupa os jovens e crianças carentes, agindo contra a falta de educação e lazer, aproveitando um espaço que já pertence à comunidade.
Sem dúvida, o trabalho social realizado com muito amor e dedicação por Fernandão, colabora na educação das crianças através da prática esportiva, promove a amizade entre os colegas, estimula o bom desempenho escolar e pessoal e descobre novos talentos. “São momentos que eles poderiam estar na rua à toa, mas estão sob cuidados praticando o esporte”, conta o treinador, que, pelo histórico, é um exemplo para os meninos.
O linense pode ser considerado uma lenda viva e referência no futebol para adolescentes em Lins. Por anos dando oportunidade aos jovens, tornou-se um símbolo de raça e dedicação, peça fundamental para se classificar entre as melhores equipes no Campeonato Estadual, 1º lugar no Campeonato da Liga Linense de Futebol Amador em 200 7, e campeão da 5ª Copa de Monte Aprazível – categoria dente de leite em 2012. Participou também do 1º Campeonato Internacional em Guarulhos com mais 140 times. Trouxe para Lins em 1999 a Fase Estadual da Liga Mercosul com a participação de times como Santos, Botafogo e Corinthians.
Fernandão veio de família carente e, hoje, fortalece os sonhos de jovens que conhecem o futebol a partir do projeto.  Tornou-se profissional, disputou torneios estaduais e nacionais, e foi até convidado para treinar grandes times.
Fernandão revela que já treinou mais de 3500 meninos, entre eles craques consagrados como Gum (MAC, Ponte Preta, Oswaldo Cruz e Fluminense) Tiago Umberto (Linensinho, Inter de Porto Alegre), Moreira (Linense, MAC), Xandão (Linense), Toco (Tanabi), Paulo Roberto (Jaboticabal), Edson Alves (Sumaré), Zé Love (ACE Guarulhos, Santos, Genoa (Itália), e confessa que do atual time, três jogadores se tornarão grandes profissionais.
Disputar campeonatos, ver o desenvolvimento e ter condições de inserir os alunos no cenário profissional, com cursos e palestras que realizou e tirá-los de qualquer situação de vulnerabilidade sempre foi o objetivo do treinador. Falta de reconhecimento, preconceito e denúncias para o CREF (Conselho Regional de Educação Física), foram alguns dos episódios tristes em sua vida. Mas, bola para frente!
Apesar de o destino ter sido muito generoso com Fernandão, ele nos conta que ainda possui vários sonhos que ainda não foram realizados: um rancho para descansar, um carro para se locomover e o reconhecimento profissional para a sua felicidade ser completa.
Se falarmos em Fernando José Teodoro, talvez, nem todos saibam exatamente de quem se trata. Porém, se fizermos referência ao trabalho realizado, a maioria dos atletas que conviveu com ele sabe da importância dele para o esporte em Lins.
No final da entrevista, Fernandão nos conta que apesar de todas as dificuldades, ao longo dos seus 43 anos de idade, espera encerrar a sua carreira nas quatro linhas só quando o cara lá de cima decidir.
“Só tenho que agradecer o apoio da Secretaria de Esportes (Semclatur), a confiança dos pais e a ajuda que recebo de amigos e colaboradores”, completa Fernandão.
Para quem deseja ajudar o projeto, o Ginásio João Santos Meira fica na Rua Oswaldo de Menezes, sem número.  Materiais esportivos para realizar as atividades em horário de aula como camisetas, calções, chuteiras, coletes, bolas e apito; são sempre bem-vindos.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Gil Schueler Moura


90 anos de história!
Exemplo de vida e referência no trabalho social em Lins, Gil Schueler Moura, abriu as portas da sua casa do lado da sua esposa Aurora, e nos contou um pouco sobre os seus 90 anos de vida e cumplicidade a dois.
A história de vida de Gil parece revelar uma identidade natural com as histórias, os caminhos ou mesmo os sonhos de cada uma das 1740 crianças já atendidas pela Instituição fundada pela sua família. De família nobre natural do Rio de Janeiro, da rotina diária dedicada à Fundação, dividindo-se entre o trabalho e a família, e da persistência nos momentos de fraqueza, vieram a vontade incansável de Gil Schueler de vencer na vida e de vencer a vida.
Filho caçula dos seis irmãos do casal Gil Pimentel Moura e Corina Schueler Moura, Gil nasceu no dia 17 de dezembro de 1921. Fez o curso primário no Ginásio Americano de Lins e o secundário no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, onde se formou em Ciências Contábeis (contador) em 1939.
Iniciou a sua carreira profissional em São Paulo, ainda como estudante e bancário no Banco Noroeste. Meses depois foi transferido para Lins onde permaneceu nesta profissão até 1941.
Gil fez parte da 1ª turma de alunos do Aéreo Club de Lins, vindo a receber com um grupo local, o breve de piloto civil. Alistou-se para a 1ª Guerra Mundial e fez o seu treinamento na base Aérea do Galeão. Mesmo com tantas mudanças, de local e profissão, os pais sempre o incentivaram a estudar. Em 1942, Gil concorreu a uma bolsa oferecida pela Força Aérea Americana para treinamento nos Estados Unidos (Randolph Field - Texas) de pilotos e instrutores militares. Tornou-se oficial durante a Guerra, e foi convocado pela Força Aérea Brasileira para atuar na proteção da marinha mercante no nosso litoral pelos submarinos alemães. Dessa participação, recebeu medalhas da “Cruz de Aviação” e “Campanha do Atlântico Sul”.
Com o final do conflito mundial, Gil deixou a FAB e retornou às atividades civis como empresário do ramo automobilístico, atividade tradicional dos seus pais e familiares. Mas, a paixão por voar, tomou conta novamente de Gil, e em 1947, retornou aos Estados Unidos na cidade de Detroit, e além da profissão como piloto, Gil frequentou a Escola de Administração Ford em Michigan, pela qual se graduou.
Retornou a Lins no final de 1947, retomando a administração da Agência Ford local. Em 1949, com menos de um ano de namoro, apaixonou-se e casou-se com Aurora Ariano Moura, filha do fazendeiro José Ariano Rodrigues e Maria Crespo Rodrigues, com quem teve três filhos:  Eduardo, Ronaldo e Marina. Gil e Aurora são avós de oito netos e quatro bisnetos (dois a caminho).
Em 1960, em parceria com Dr. Francisco José de Oliveira Ratto, se engajou na instalação e funcionamento de um complexo industrial em nossa cidade: a empresa Cibral. Em seguida, na região amazônica em área determinada pela Sudam, implantou para uma indústria familiar, um projeto agropecuário de médio porte, nas mediações do Parque Xingu.
Independente das atividades comerciais, industriais e agrícolas, os herdeiros de Gil Pimentel Moura resolveram que era hora de dar continuidade ao sonho do seu pai em implantar um complexo assistencial voltado para a infância carente. Após cinco anos do seu falecimento, o projeto já estava construído e por escritura pública de Instituição e Constituição de 12 de abril de 1952, foi formalizada legalmente a existência da Fundação Gil Pimentel Moura. Entre os diretores eleitos, Gil Schueler Moura, passou a responder pela tesouraria, cargo que exerceu até 1978, quando assumiu a Presidência da Fundação e a administração do Lar Antonio de Pádua, cargo e função que exerce até hoje. Dona Aurora frequenta a Fundação há 35 anos, é Diretora Subintendente e tem paixão pelo o que faz.
A Fundação Gil Pimentel Moura, mantenedora do Lar Antônio de Pádua, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, e atende crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade, em regime semi-aberto. Tem como objetivo amparar, educar e complementar o período escolar através de atividades como: estudo dirigido (oficina de apoio escolar), cursos de iniciação profissional (pedicure, manicure, bordado,  cabeleireiro), educação artístico-cultural, aulas de moral, esportes (futsal, futebol, basquete e atividades de educação física pelo projeto 2º Tempo), recreação e lazer (parque e brinquedoteca), saúde e alimentação e curso básico de informática.
Atualmente, a Fundação atende 130 crianças e sobrevive de contribuições de conselheiros, diretores e empresas; aluguel de imóvel da Instituição; subvenções estaduais e municipais, eventuais promoções e parcerias privadas.
Gil e Dona Aurora escolheram a profissão de “pai, mãe e amigos” dessas crianças e levarão até os últimos dias o amor que os une e os move para que um sonho não fique apenas no papel.
No próximo dia 15 de junho, a Fundação Gil Pimentel Moura receberá uma homenagem da Câmara Municipal de Lins pelos 60 anos de responsabilidade social em nossa cidade.
Ao olhar para trás, Gil não se arrepende de ter doado boa parte de sua vida ao projeto. Foram as páginas que lhe guiaram numa bela trajetória de vitórias. Seu nome é reconhecido por todos como sinônimo de talento, amor e dedicação.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Doce ou Salgado?


O inverno está chegando, o que torna o clima mais frio e também mais romântico. Desfrutar de uma boa companhia, um vinhozinho, e...fondue! Está aí a receita infalível para bons momentos. Quem não resiste a essa delícia? Típico de locais frios, a fondue é a pedida perfeita para o inverno: além do sabor inconfundível, ela combina perfeitamente com um encontro romântico ou uma reunião entre amigos em torno de uma cumbuca fumegante.
Pensando nisso, e para complementar essa atmosfera encantadora, preparamos um Gourmet especial de inverno com receitas de fondue doce e salgado.
Receita do Chef Jaime Pereira que é responsável pela cozinha de um dos Resorts de mais alto padrão do Brasil e comandante do Buffet Vila Nova, que agora em parceria com JC Eventos oferece à Lins o Vila Nova Festas e Eventos (Recinto de Exposições). Um novo espaço para festas, eventos e comemorações, com uma excelente estrutura, amplo estacionamento e fácil acesso.Vale a pena conferir!
Sem mais delongas, vamos à receita?

Fondue de chocolate
Ingredientes:
100 g de chocolate ao leite
100 g de chocolate meio amargo ralado no ralo grosso
1 lata de creme de leite
1/4 de xícara (chá) de conhaque
Acompanhamentos: Frutas picadas variadas: banana, morango, pêssego, gomos de tangerina, manga, cerejas, uva, kiwi, pêra, carambola, mamão, abacaxi.
Modo de preparo:
Coloque o creme de leite para aquecer em fogo baixo. Adicione o chocolate ralado e mexa até derreter por completo e formar uma mistura homogênea. Adicione o conhaque e mexa bem. Transfira então para a panela de foundue. Manter o fogo baixo para não queimar a fondue .
Dica do Chef:
Pedaços de pão-de-ló também podem ser mergulhados no chocolate.

Fondue de Queijo
Ingredientes:
1 lata de creme de leite
01 cálice de vinho branco seco
1 copo de requeijão
200g de queijo mussarela ralado
200g de queijo provolone ralado
200g de queijo gorgonzola picado
Noz moscada a gosto
Acompanhamentos: Pães, torradinhas, presunto cortado em tirinha, salame, linguiça fina frita, polenguinho, pedacinhos de legumes, pedacinhos de frango, entre outras coisas!
 Modo de Preparo:
Em uma panela aqueça em fogo médio o creme de leite com o requeijão até começar a borbulhar.
Adicione o queijo gorgonzola, vinho branco abaixe um pouco o fogo e mexa até o queijo gorgonzola incorporar bem a mistura. Acrescente o queijo mussarela e depois o provolone. Continue mexendo até que todos os queijos tenham derretido por completo, ficando uma mistura homogênea.
Prepare a panela de fondue: Passe um dente de alho na parte interna da panela, isto evitará que o queijo grude.
Transfira então para a panela de foundue. Manter o fogo  baixo para não queimar o fondue .
Dica do Chef:
Para apreciar a fondue escolha um bom vinho e tenha uma companhia muito especial, ideal para um jantar romântico; uma superdica para o Dia dos Namorados!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Click Inverno


O inverno está chegando e mesmo que em nossa cidade a estação não tenha temperaturas muito baixas, a moçada viaja para descobrir belos destinos e pontos turísticos ao redor do mundo onde os termômetros são bem gelados.
Com as baixas temperaturas, surge também um novo período de férias em família, em casal ou com os amigos. O que não falta é gente programando uma viagem e não importa para onde. Destino é o que não falta nesse mundo de 194 países. Notamos a preferência da galera por lugares como Londres, Chile, Paris, Buenos Aires, Canadá, Bariloche, Gramado e Campos do Jordão.
Mas como nesse período o inverno é quem dá as ordens, feliz de quem tomar o rumo de Campos do Jordão. Localizado a 1.628 metros de altitude, na região da Serra da Mantiqueira, em São Paulo, a cidade é uma das estâncias preferidas de quem está de férias. Sem dúvida, o melhor período é em julho, pois acontece o Festival de Inverno de Campos do Jordão, de música erudita. Uma das principais atrações turísticas da cidade é a Ducha de Prata, com suas quedas d’água e barraquinhas com produtos artesanais. Turistas se esbaldam tomando banhos frios nas duchas formadas nas águas do Ribeirão das Perdizes.
Para quem quer sair do país, uma dica excelente é Bariloche, na Argentina. A região tem atraído turistas do mundo todo, porque é ideal para quem gosta de esquiar, já que está situada junto à Cordilheira dos Andes, na fronteira com o Chile. Entre junho e agosto, a temperatura chega a cair abaixo de zero.
Já Londres é cheia de história, realeza, riquezas, estilo, museus, palácios maravilhosos! O Big Ben, a agitada City, elegante, diferente do mundo, meca do rock, parques verdes, ícones vermelhos, punks e pubs. Londres moderna, vibrante, Notting Hill, puro charme....

1ª Feijoadíssima


Água na boca: vamos atiçar seu apetite. Feche os olhos, sinta o aroma, imagine as panelas de ferro fumegantes, prove as bistequinhas fritas na hora, os acompanhamentos, o caldinho de feijão, as batidas e muita gente bonita…
Foi dessa maneira, que a 1ª Glamourosa Feijoadíssima organizada por Lucia de Paula e Chef Jaime (Chef Lá em Casa) marcou o dia 26 de maio, no Vila Nova Festas e Eventos, no Recinto de Exposições.
Além da maravilhosa feijoada feita pelas mãos do experiente Chef, o cardápio teve também estação de caipirinha, pratos quentes, molhos, saladas, mesa de doces, frutas, decoração especial, recepção típica e um grande show ao vivo com a banda VR Zero2.
Além de participar deste evento, os convidados ainda puderam ajudar a Associação Linense dos Cegos, pois parte da renda foi doada para a instituição.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Record News entrevista o Portal sobre empregabilidade na terceira idade


No programa Nblogs, a jornalista e coordenadora do Portal, Tony Bernstein, participou de um debate, ao vivo, sobre a atual situação do mercado de trabalho para idosos
Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 35% dos idosos, ou seja, cerca de 4,5 milhões de pessoas acima de 60 anos, continua trabalhando, mesmo recebendo benefício da aposentadoria.
Muitas pessoas nesta faixa etária querem continuar trabalhando porque desejam continuar agindo e se sentindo bem. E há os que precisam de uma renda extra, sejam eles da classe A, B, C ou D.
Para falar sobre empregabilidade na 3ª idade, o Programa NBlogs, da Record News, entrevistou, ao vivo, o Portal Terceira Idade. Ao lado da jornalista e coordenadora geral do Portal Terceira Idade, Tony Bernstein, estavam presentes o sócio-fundador da Talent Solutions, Peter Mason, e Julio Cardoso, blogueiro do site de notícias R7. 
Durante a entrevista, Tony destacou o Mural de Empregos do Portal, que possibilita a publicação das aptidões profissionais da ‘moçada’ na internet, além de disponibilizar espaço para as empresas divulgarem as vagas no mercado de trabalho para essa faixa etária. “O Mural de Empregos do Portal conta com mais de mil postagens de internautas buscando emprego e disponibiliza mais de 500 vagas oferecidas por empresas especialmente para este público, as quais são sempre preenchidas rapidamente”, enfatiza.
Mason comentou sobre os desafios de recolocar pessoas bem experientes numa determinada área no mercado depois de certa idade. Já o blogueiro Julio enfatizou as vantagens que um idoso tem sobre as pessoas mais jovens, entre elas, a energia, a vontade e a experiência de vida, que não se aprende na escola, além de uma diferença que os empregadores estão começando a perceber: baixo nível de exigência.
“A pessoa mais velha e que está fora do mercado de trabalho, quando ela consegue o trabalho, age como num primeiro emprego. Ela vai dar tudo de si”, complementa Tony.
Confira o vídeo e também o Portal da Terceira Idade.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Roberto Bunemer


Bunemer como é chamado há muitos anos, além de ser um ícone muito conhecido em Lins é também um contador de histórias. Não há quem não se lembre da grande mansão construída na década de 40 pela família Bunemer localizada até hoje na rua Olavo Bilac.
Linense de berço, nasceu em 2 de outubro de 1940 e permaneceu na cidade até os 17 anos. Filho de Durval José Bunemer e Alice Abdo Bunemer, Roberto viveu os melhores anos de sua vida na cidade que ele considera sua grande paixão.
Seu avô José Elias Bunemer casado com Amélia Bunemer, um dos fundadores do Clube Linense e dono de uma das casas bancárias no comércio linense. Em 1938, o avô que era um visionário e sonhador, decidiu fazer uma grande construção nunca vista antes; casa que se tornaria uma referência na cidade. Ela ficaria pronta em 1940, e seria um exemplo de luxo e sofisticação na arquitetura em uma época que poucos tinham imóveis como esse. 
No tempo que esteve em Lins, Roberto sempre morou na casa que hoje é o 2º Cartório de Registro. Após a morte do seu pai, sua mãe decidiu mudar com os filhos para a capital, onde moravam os seus avós maternos. Em 1957, a mansão foi locada para o Dr. Adalberto Ariano Crespo, como residência e consultório. A casa que tem quatro quartos, uma sala de banhos, salas de jantar, visita, estar, almoço, piscina e grandes vitrais e belíssimas decorações, seria também o lar de Wilson Lima e família. Por um longo tempo, a casa da tradicional família Bunemer foi reformada, mobiliada e passou a ser o “refúgio” quando eles vinham para o interior. Desse modo, permaneceu até 2004, quando o Cartório assumiu e Roberto levou toda a mobília para a sua casa de passeio em Campos do Jordão.
O local também foi a Casa da Cultura “José Elias Bunemer” em 1983. Em 1986, sediaria um coquetel com grandes autoridades para Antonio Delfin Neto, em sua passagem pela cidade. Em 2007, por meio de votação, a casa ganhou em primeiro lugar como uma das sete maravilhas de Lins.
Quando se mudou para São Paulo, Roberto continuou os estudos e se formou em Direito pela USP.  No governo de General João Batista Figueiredo e do ministro da Agricultura Ângelo Amaury Stabili foi diretor da COBAL, e trabalhou por 30 anos com comercialização de carne em São Paulo, prestando serviços até para o frigorífico Bertin.
Sempre alegre, e com uma visão empreendedora, o empresário trouxe várias melhorias para Lins, como a central de serviços da COBAL. Sem medir esforços com o seu trabalho, em 1983 a Câmara Municipal aprovou o importante papel que Roberto desenvolveu para a implantação do Plano Piloto no Estado de São Paulo, na substituição do leite em pó pelo leite “in natura” na Merenda Escolar do município.
Nesse período de tantas transições e mudanças, Roberto casou-se com com Cristine Tieppo Bunemer e, nasceram os filhos Fernando, Roberto e Gustavo, todos formados em administração e já encaminhados profissionalmente. Cristine acompanhou praticamente tudo o que ele vivenciou nesses anos. Roberto deixa explícito como é bom estar ao lado dela e poder dividir uma vida com alguém tão especial. Completam esse ano 37 anos de companheirismo e vida a dois.
Roberto tem uma vida paulistana agitada e sempre foi privilegiado pela companhia de boas amizades e bons lugares que frequenta. Lembra das grandes festas e bailes que havia no interior.
Em Lins, Bunemer coleciona elogios, funções e paixões. Sócio e apaixonado pelo Clube Atlético Linense desde 1953, Roberto foi desde muito cedo Diretor Social do CAL (1979). Há algum tempo é vice-presidente do Clube e espera ser reeleito pela quarta vez. Fanático, vai em todos os jogos do Elefante, dentro ou fora de casa, tem boa relação com a Federação Paulista de Futebol, representando assim, o time em São Paulo. Quando a diretoria está na capital, costumam se reunir em um restaurante chamado Josephine para discutir sobre futebol, seu esporte preferido. Roberto acompanha e também é sócio do Clube Atlético Paulistano.
Vida intensa. Energia boa. Alto astral. Quando você se depara com uma pessoa assim dá vontade de perguntar: de onde vem tanta energia? Foi assim que ele conseguiu todas as suas realizações pessoais e profissionais.
Roberto nunca deixou nada se perder, nem o seu bom humor. Bunemer tem sonhos, mas fica o mistério de descobri-los. Diz que o que mais o deixaria feliz seria ver o Elefante ser campeão da A-1 Paulista.
Hoje, Roberto, frequenta o clube para nadar e jogar tênis. Está sempre no Ibirapuera para relaxar e vem para Lins toda vez que a saudade aperta; ao menos uma vez por mês podemos encontrar Roberto na casa de amigos e nos principais pontos gastronômicos da cidade. Ele me conta que é boêmio; sempre se encantou com a noite e gosta de estar com amigos e a família em algum lugar sem ter hora para voltar.
O linense pratica o exercício da liberdade, de ser livre e viver bem consigo mesmo. Ele arriscou, ousou e deu certo. Roberto é pensamento positivo e coração tranquilo. Mas Roberto conseguiu o que poucos conseguem: vencer na vida. Após o nosso encontro, Roberto conta que em breve retornaria para Lins, local onde ele esquece a saudade que sente, mas nunca se esquece das suas origens e raízes.
A história de uma família que sobrevive ao tempo, será sempre preservada e resgatada por esse linense de alma e coração. Roberto revive e recorda todos os detalhes que ficaram esquecidos no tempo e garante que os Bunemer’s ainda terão muitas histórias para contar.



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quase três milhões de idosos brasileiros moram sozinhos, de acordo com o IBGE


Portal da Terceira Idade

Morar só ou acompanhado? As respostas variam muito de pessoa para pessoa. Mas, se depender da parcela de brasileiros que integram a faixa etária da terceira idade, parece que eles preferem a primeira opção.
De acordo com dados do Censo, realizado pelo IBGE em 2011, são quase 3 milhões de idosos que moram sozinhos, o que representa 14% do total de brasileiros com mais de 60 anos. E o número vem crescendo a cada ano.
“Me sinto bem assim. Na minha casa eu mando na minha vida”, afirma Catarina Fló, 92, que mora sozinha há quatro anos, desde que seu marido morreu.
O Dr. Wilson Jacob, responsável pelo serviço de geriatria do Hospital das Clínicas, divide os idosos que vivem sozinhos em três tipos: o que é totalmente independente, o que tem funcionários para ajudá-lo e o que vive com a família, porém recebe menos apoio do que o necessário.
Cyonea Villas-Bôas (foto), 82, dirige, usa o computador, administra e faz serviço de casa, além de viajar muito. Seu marido morreu há 17 anos – eram casados há 47. “Nunca tive a intenção de colocar alguém no lugar. Senti a falta dele, que era uma pessoa fina, amorosa, mas soube preencher com outras coisas”, confessa. “Vivo maravilhosamente bem sozinha. Não fico só. Aonde vou, converso com todo mundo e acabo conhecendo mais gente do que se estivesse acompanhada. Caminho no parque do Povo com um grupo de idosos, frequento a biblioteca com senhoras, fazemos aulas de literatura, de dança e de ioga”, completa.
O advogado Eliassy Vasconcellos (foto), 90, mora sozinho há 20 anos e está satisfeito com o jeito que vive. “Quero levar a minha vida sossegado, dormir e acordar na hora em que quiser. Não dou trabalho para ninguém. Como só tenho 90 anos, garanto que estarei bem até o próximo fim de semana”, brinca. Suas atividades principais são ler, escrever, fazer marchetaria, participa de cursos de informática e continua atuando em sua profissão.
Animais de estimação são uma excelente companhia para quem mora sozinho, principalmente para pessoas mais velhas. “Animais são excelentes. Ajudam a fazer amigos, oferecem amor incondicional, incentivam a atividade física, dão afeto e razão para viver, fazem a pessoa rir”, afirma a gerontóloga Marília Berzins.
A professora de piano Maria Julia Moraes (foto), 78, mora apenas com sua "sheep dog", Mel. “Ela é muito obediente. Às vezes, deita e joga os 'cabelinhos' para frente. Adora fazer dengo para a mamãe”, declara.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Centenário de Mazzaropi

A figura do caipira do interior, bondoso e ingenuamente maroto, arrastava multidões aos cinemas, revelando inteligência e generosidade por trás de suas histórias simples de pessoas simples:

No dia 9 de abril, o ator e cineasta brasileiro Amácio Mazzaropi faria 100 anos. Seu personagem de caipira amável e ingênuo foi visto por mais de 1 milhão de espectadores durante a sua carreira no cinema.

Nascido no bairro da Barra Funda, em São Paulo, Mazzaropi iniciou a carreira no cinema com “Sai da Frente” (1952), comédia dirigida por Abílio Pereira de Almeida, que dirigiria, depois, outros filmes com o ator. Desde então participou do imaginário popular brasileiro com comédias leves, muitas vezes ingênuas, mas que revelam inteligência e generosidade por trás de suas histórias simples de pessoas simples.

A maior parte de sua produção está nos anos 1950 e 1960, quando rodou alguns de seus melhores filmes: “Zé do Periquito”, “O Lamparina”, “O Corintiano” e “O Puritano da Rua Augusta”. Mas foi em “Candinho” (1953) que ele aparece pela primeira vez como o famoso caipira.

“Jeca Tatu” (1959; trailer do filme acima), de Milton Amaral, foi um de seus filmes mais famosos – e talvez o mais bem-sucedido –, com o personagem do caipira sendo aperfeiçoado e se tornando maior do que o próprio criador: o caipira cheio de preguiça e malemolência, mas também de simpatia e bom coração. Após esse filme de enorme sucesso de público, Mazzaropi atingiu a maturidade como persona cinematográfica. Sua presença em cena passou a ser sempre muito consciente da potência que emana de seus personagens.

O ator começou a dirigir seus próprios filmes em 1960, na antiga Vera Cruz. No entanto, os estúdios preferiam investir alto nos chamados filmes de arte, muito parecidos aos europeus, e não entendiam bem por que produções modestas como essas faziam tanto sucesso.

Mazzaropi entendia, e depois do terceiro filme abandonou a Vera Cruz para abrir sua própria produtora, a PAM (Produções Amácio Mazzaropi), desfeita somente quando ele morreu, em junho de 1981. Na PAM ele produziu e dirigiu os 24 longas-metragens, nos quais atuou consolidando como quis o seu personagem caipira de fala arrastada, camisa xadrez sempre abotoada até o pescoço, paletó apertado, calças curtas sobre botas de cano curto e um toco de cigarro no canto da boca. A figura do caipira do interior, bondoso e ingenuamente maroto, arrastava multidões aos cinemas. Seu público sabia que, invariavelmente, todo dia 25 de janeiro havia no Cine Art Palácio, em São Paulo, a estréia de mais uma aventura do Jeca.

Não demorou muito para Mazzaropi tornar-se um invejado produtor milionário. Os críticos limitavam-se a ver nele apenas o empresário bem-sucedido, e, depois, ignoraram seu trabalho por completo. “Bom filme é filme que o povo gosta. Tudo o que tenho devo ao meu público. Quando eu morrer, tudo isto vai ficar para o cinema nacional”, respondia Mazzaropi.

Mas a melhor explicação para o fenômeno Mazzaropi foi dada pelo escritor e crítico de cinema da Folha de São Paulo Inácio Araújo: “A crítica nunca esteve com ele porque Jeca representa o Brasil subdesenvolvido, analfabeto, que ela não quer ver. Para o público, ele representa a vingança dessa massa de migrantes que vem do campo e se defronta com os códigos da cidade grande. É a malícia do campo contra a malícia da cidade. E a primeira ganha”.

Em comemoração ao centenário de seu nascimento, a Cinemateca Brasileira (São Paulo-SP) e o Instituto e Museu Mazzaropi (Taubaté-SP, cidade para onde se mudou quando criança) apresentam retrospectiva de seus filmes, além de eventos, com shows, debates, exposição e apresentação de filmes em praça pública.

Francisco Ponce

Arte tem idade?

No dia 21 de agosto de 1931 nascia em Lins, Francisco Ponce. Figura que anos depois se tornaria referência em arte e cultura na cidade. Não há como falar da história do município sem citar a trajetória de vida do linense.

Quem vê o sorriso no rosto de Francisco, 80 anos, não imagina tudo o que já superou. O constante bom humor e a tranquilidade que ele mostra diariamente escondem um passado cheio sonhos, determinação e muito trabalho.

Apesar da curiosidade pelos desenhos já existir desde a infância, sua aproximação com a arte se deu de forma natural; primeiro trabalhando com os seus tios como pintor, depois trabalhando por muitos anos com publicidade (pinturas) por toda a cidade. Trabalhou também como funcionário público estadual no Hospital Clemente Ferreira, onde mais tarde se aposentou.

Francisco Ponce teve sua infância ao lado dos cinco irmãos e dos pais no bairro da Vila Alta, onde vive até hoje. Perambulou em busca de trabalho por todos os cantos, com um sonho: de um dia ser artista. Desde muito novo, Francisco já rabiscava alguns desenhos, sem saber que se tornaria reconhecido por realizar grandes obras. A arte, que ele considera um dom desde o primeiro dia de vida e também uma profissão, descobriu Francisco e Francisco doou-se à arte.

Também ficou conhecido por fazer inúmeras esculturas em madeira, publicidades, desenhos, artes plásticas e pinturas. Com ingenuidade e espontaneidade, sem saber que a arte possui as mesmas características, Francisco mais tarde conquistou seu próprio espaço, onde ninguém mais duvidaria do seu talento.

Pouco a pouco, o artista conseguiu superar as barreiras e mudou o destino a seu favor. Foi então que a história dele começou a mudar. Eram aproximadamente 20 quadros por ano. No total são 300 quadros, 70 esculturas e uma curiosidade sem tamanho de conhecer a infinidade de uma paleta de cores. Quais seriam as cores que essa vida tem? A arte tem idade para terminar?

Paixão pela vida, pela família e pelas cores. Paciência, disciplina e profundidade são as qualidades visíveis e notáveis do artista. Francisco pintava com amor sem nenhum interesse em ganhar dinheiro com esse trabalho. Essa é a arte dele. Pequenos gestos e nota 10 no quesito criatividade.

Francisco gostava de pintar quadros grandes, não se apegava a miniaturas. Apreciava, pois, espalhar suas ideias em espaços amplos, onde pudesse colocar os detalhes mais importantes.

Francisco fez curso técnico de desenho na escola Fernando Costa. Era amigo e vizinho do consagrado artista Manabu Mabe, foi professor da pintora linense Joanita Cavalcanti, amigo de Saul Antônio Boa Sorte e também teve influências de Teisuke Kumassaka, pessoa que se tornou próxima devido à pintura.

Em 1978, Francisco decidiu que era a hora do seu sonho sair do papel e virar realidade. Alugou um galpão (Pinturas Ponce) em frente ao atual prédio da Ponce Tintas e prestava serviços de pintura e publicidade com apenas quatro funcionários. A determinação do pintor, junto ao seu filho transformou a empresa em comércio de tintas. Hoje, são três lojas no mesmo segmento com mais de 22 funcionários, que ficam nas mãos dos seus filhos.

Ao lado de Francisca há 55 anos, o casal teve quatro filhos: Francisco Carlos Perez Ponce, José Geraldo Perez Ponce, Luiz Geraldo Perez Ponce e Rita de Cássia Perez Ponce. Um dos episódios mais marcantes de sua vida foi a perda do seu filho Francisco Perez Carlos Ponce em um acidente de carro no ano de 2005.

Hoje, Francisco leva uma vida menos agitada ao lado da sua esposa Francisca, de 78 anos. Passa diariamente na Ponce Tintas e na parte da tarde vai para o rancho no rio Dourado, pescar, cuidar da horta e das plantações e descansar.

Com centenas de trabalhos em seu currículo e com toda a disposição para o trabalho, Francisco decidiu que era a hora de tirar um tempo para si próprio. Após a aposentadoria, Francisco deixou o trabalho no comércio e se dedica aos quadros e esculturas apenas como hobby.

Francisco não reclama da vida, tem somente a agradecer por ter desfrutado ao máximo todo o prazer que a pintura lhe proporcionou. O amor e dedicação de Francisco à arte irão acompanhá-lo até os últimos dias. Sempre com um toque de sensibilidade e sonhos que se tornam possíveis e reais com alguma criatividade.