Há quem diga que ele já faz parte do dia a dia, como se fosse da família. Ele, com apenas um bom dia entra sem pedir licença e permanece na sua casa. Quando você vê, ele está lá, todos os dias, há muitos anos. Um companheiro que vive do outro lado. Um amigo. Muitas vezes até um pai. Um dia sem ouvi-lo é como se fosse um dia sem sorrisos. Ele dá conselhos. Fala sobre horóscopo. Toca as suas músicas preferidas. E sempre tem uma palavra de afeto ou consolo na ponta da língua. Desde 1958 com um programa de variedades, ele se apresenta diariamente como Cilmar Machado dos Santos. Cilmar é radialista desde os 14 anos. Nascido em Garça em 28 de julho de 1941, Cilmar veio para Lins aos 6 anos de idade. Sem influência direta de comunicadores na família, Cilmar descobriu o seu talento muito cedo. Seu irmão e suas outras três irmãs não são da mesma área, mas sempre admiraram o trabalho dos radialistas. Desde muito jovem, andava por todos os lugares ajudando nas campanhas publicitárias em rádios, igrejas e na política. Foi então que começou a ficar conhecido e a trabalhar , em 1958, na rádio Clube de Lins. De lá para cá não parou mais.
Aos 69 anos, ele continua diariamente com o seu programa todas as manhãs, o Bom Dia Amigos! São oficialmente 53 anos de rádio. Já passou por todas as bodas existentes, até a rotulada, ouro. Sua vida se resume a essa paixão. Cilmar tem experiência e amor pelo o que faz. Trabalhando na rádio Clube, Cilmar dividia o seu tempo entre locutor e apresentador de shows pelo Brasil afora. "Era do Sul ao Nordeste", ele conta. Chegou a morar em São Paulo em 1964, onde trabalhou na rádio CBN como é conhecida atualmente com grandes personalidades. Silvio Santos, Hebe Camargo, Chacrinha e grandes nomes da música da época, eram alguns dos companheiros de trabalho. Mas Cilmar gosta mesmo do interior. Resolveu voltar e cursar serviço social. Terminando a faculdade e ainda trabalhando como locutor, ele decidiu que seu sonho virasse realidade: tornou-se proprietário de uma grande rádio na cidade que estava desativada: a rádio Piratininga. Em 1967, Cilmar juntamente com o seu irmão Sid, a compraram em sociedade. Em 1973, no mesmo ano em que se casou, a rádio Piratininga mudou de local e passou a se chamar rádio Alvorada. E permanece com esse nome até hoje. É a rádio do povo. A AM mais ouvida da cidade e da região. Nela, há vários programas onde os ouvintes participam e reclamam do que estão insatisfeitos: política, economia, esporte, amizade, até amor. Tem também o “troca-troca”, um espaço destinado à troca e venda de todos os tipos de objetos. Tem religião. Tem transmissão de jogos. Tem espaço também para você pedir o que gosta de ouvir.
Ser radialista é mais do que um talento e uma profissão. É uma vida. Cilmar nunca exerceu o curso que fez, mas garante que foi uma boa escolha. Cilmar é apaixonado pelas pessoas. Pela energia e emoção que elas passam para o próximo.
Pela força política da época e por uma pressão da sociedade em que convivia, Cilmar foi prefeito pelo antigo partido PL, de 1 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992. Conta que seu mandato não foi nada fácil. Havia muitos problemas para serem resolvidos e muita coisa para ser colocada em seu devido lugar. Antes de se tornar político, Cilmar fez parte de um grupo que conseguiu trazer escolas de ensino superior para Lins. Mas não pensava em algo tão grande. Em seu mandato, ele lembra da construção de centenas de casas em vários pontos da cidade e de novas escolas municipais, a inauguração da delegacia de Defesa da Mulher, e a criação do Conselho Municipal de Saúde foram os pontos mais importantes desses quatro anos no Poder Executivo.
Cilmar hoje é indiferente em relação à política. Depois de 1992 nunca mais se envolveu com isso. Foi uma boa experiência, porém única. Crê que as ideias precisam ser renovadas e não defende a reeleição de nenhum cargo político. "Há muita gente por ai com um bom trabalho político em mente, há espaço para todos", ele diz.
Seu destino sempre foi o rádio. Tinha certeza que não conseguiria ficar longe do mais antigo meio de comunicação. Hoje, ele fica pouco na rádio Alvorada. Seu filho Silmar Silva Santos formado em jornalismo, Jardel Silva Santos; advogado e Guilherme Silva Santos; administrador, tomam conta da parte burocrática da empresa da família. Silmar filho é radialista há 15 anos. Sua mãe, Sonia Silva Santos, 63 anos, aposentada e ex professora, passa os dias com Cilmar desfrutando o que a idade lhe oferece de amravilhoso. "Rádio, hoje é hobby; não penso em deixá-la, mas agora faço os meus horários". Sua vida é estável. Conquistou tudo com o trabalho que sempre foi gratificante. E está passando isso para os filhos. O filho Silmar, apresenta 3 programas na rádio: Rotativa no Ar, Matando Saudade e fofocas dentro do programa do pai. Está no sangue. Cilmar não desiste e não pensa em se aposentar. Pelo menos uma vez por dia ele precisa “dar uma passadinha por lá”, mesmo que não haja o programa. Tornou-se um vício, que cultivado virou paixão.
Cilmar deseja que as rádios, inclusive as AMs, continuem sobrevivendo no Brasil, mesmo que seja apenas de publicidade e de ouvintes fiéis. É amor verdadeiro que não vai morrer nunca, e nem sair de dentro do peito.
Aos 69 anos, ele continua diariamente com o seu programa todas as manhãs, o Bom Dia Amigos! São oficialmente 53 anos de rádio. Já passou por todas as bodas existentes, até a rotulada, ouro. Sua vida se resume a essa paixão. Cilmar tem experiência e amor pelo o que faz. Trabalhando na rádio Clube, Cilmar dividia o seu tempo entre locutor e apresentador de shows pelo Brasil afora. "Era do Sul ao Nordeste", ele conta. Chegou a morar em São Paulo em 1964, onde trabalhou na rádio CBN como é conhecida atualmente com grandes personalidades. Silvio Santos, Hebe Camargo, Chacrinha e grandes nomes da música da época, eram alguns dos companheiros de trabalho. Mas Cilmar gosta mesmo do interior. Resolveu voltar e cursar serviço social. Terminando a faculdade e ainda trabalhando como locutor, ele decidiu que seu sonho virasse realidade: tornou-se proprietário de uma grande rádio na cidade que estava desativada: a rádio Piratininga. Em 1967, Cilmar juntamente com o seu irmão Sid, a compraram em sociedade. Em 1973, no mesmo ano em que se casou, a rádio Piratininga mudou de local e passou a se chamar rádio Alvorada. E permanece com esse nome até hoje. É a rádio do povo. A AM mais ouvida da cidade e da região. Nela, há vários programas onde os ouvintes participam e reclamam do que estão insatisfeitos: política, economia, esporte, amizade, até amor. Tem também o “troca-troca”, um espaço destinado à troca e venda de todos os tipos de objetos. Tem religião. Tem transmissão de jogos. Tem espaço também para você pedir o que gosta de ouvir.
Ser radialista é mais do que um talento e uma profissão. É uma vida. Cilmar nunca exerceu o curso que fez, mas garante que foi uma boa escolha. Cilmar é apaixonado pelas pessoas. Pela energia e emoção que elas passam para o próximo.
Pela força política da época e por uma pressão da sociedade em que convivia, Cilmar foi prefeito pelo antigo partido PL, de 1 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992. Conta que seu mandato não foi nada fácil. Havia muitos problemas para serem resolvidos e muita coisa para ser colocada em seu devido lugar. Antes de se tornar político, Cilmar fez parte de um grupo que conseguiu trazer escolas de ensino superior para Lins. Mas não pensava em algo tão grande. Em seu mandato, ele lembra da construção de centenas de casas em vários pontos da cidade e de novas escolas municipais, a inauguração da delegacia de Defesa da Mulher, e a criação do Conselho Municipal de Saúde foram os pontos mais importantes desses quatro anos no Poder Executivo.
Cilmar hoje é indiferente em relação à política. Depois de 1992 nunca mais se envolveu com isso. Foi uma boa experiência, porém única. Crê que as ideias precisam ser renovadas e não defende a reeleição de nenhum cargo político. "Há muita gente por ai com um bom trabalho político em mente, há espaço para todos", ele diz.
Seu destino sempre foi o rádio. Tinha certeza que não conseguiria ficar longe do mais antigo meio de comunicação. Hoje, ele fica pouco na rádio Alvorada. Seu filho Silmar Silva Santos formado em jornalismo, Jardel Silva Santos; advogado e Guilherme Silva Santos; administrador, tomam conta da parte burocrática da empresa da família. Silmar filho é radialista há 15 anos. Sua mãe, Sonia Silva Santos, 63 anos, aposentada e ex professora, passa os dias com Cilmar desfrutando o que a idade lhe oferece de amravilhoso. "Rádio, hoje é hobby; não penso em deixá-la, mas agora faço os meus horários". Sua vida é estável. Conquistou tudo com o trabalho que sempre foi gratificante. E está passando isso para os filhos. O filho Silmar, apresenta 3 programas na rádio: Rotativa no Ar, Matando Saudade e fofocas dentro do programa do pai. Está no sangue. Cilmar não desiste e não pensa em se aposentar. Pelo menos uma vez por dia ele precisa “dar uma passadinha por lá”, mesmo que não haja o programa. Tornou-se um vício, que cultivado virou paixão.
Cilmar deseja que as rádios, inclusive as AMs, continuem sobrevivendo no Brasil, mesmo que seja apenas de publicidade e de ouvintes fiéis. É amor verdadeiro que não vai morrer nunca, e nem sair de dentro do peito.
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