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segunda-feira, 17 de setembro de 2012
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terça-feira, 11 de setembro de 2012
Aumento da longevidade na terceira idade não é privilégio só dos humanos
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Feito cão e gato
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Hiroshi Hoketsu, 71 anos, é o mais velho atleta da Olimpíada de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
A Velhice
terça-feira, 31 de julho de 2012
Campanha “Empregue um Idoso!”
Esclerose múltipla pode ser tratada com Vitamina D
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Rio+20: emprego também é sustentabilidade!
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Bola para frente
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Gil Schueler Moura
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Doce ou Salgado?
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Click Inverno
1ª Feijoadíssima
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Record News entrevista o Portal sobre empregabilidade na terceira idade
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Roberto Bunemer
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Quase três milhões de idosos brasileiros moram sozinhos, de acordo com o IBGE
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Centenário de Mazzaropi
A figura do caipira do interior, bondoso e ingenuamente maroto, arrastava multidões aos cinemas, revelando inteligência e generosidade por trás de suas histórias simples de pessoas simples:
No dia 9 de abril, o ator e cineasta brasileiro Amácio Mazzaropi faria 100 anos. Seu personagem de caipira amável e ingênuo foi visto por mais de 1 milhão de espectadores durante a sua carreira no cinema.
Nascido no bairro da Barra Funda, em São Paulo, Mazzaropi iniciou a carreira no cinema com “Sai da Frente” (1952), comédia dirigida por Abílio Pereira de Almeida, que dirigiria, depois, outros filmes com o ator. Desde então participou do imaginário popular brasileiro com comédias leves, muitas vezes ingênuas, mas que revelam inteligência e generosidade por trás de suas histórias simples de pessoas simples.
A maior parte de sua produção está nos anos 1950 e 1960, quando rodou alguns de seus melhores filmes: “Zé do Periquito”, “O Lamparina”, “O Corintiano” e “O Puritano da Rua Augusta”. Mas foi em “Candinho” (1953) que ele aparece pela primeira vez como o famoso caipira.
“Jeca Tatu” (1959; trailer do filme acima), de Milton Amaral, foi um de seus filmes mais famosos – e talvez o mais bem-sucedido –, com o personagem do caipira sendo aperfeiçoado e se tornando maior do que o próprio criador: o caipira cheio de preguiça e malemolência, mas também de simpatia e bom coração. Após esse filme de enorme sucesso de público, Mazzaropi atingiu a maturidade como persona cinematográfica. Sua presença em cena passou a ser sempre muito consciente da potência que emana de seus personagens.
O ator começou a dirigir seus próprios filmes em 1960, na antiga Vera Cruz. No entanto, os estúdios preferiam investir alto nos chamados filmes de arte, muito parecidos aos europeus, e não entendiam bem por que produções modestas como essas faziam tanto sucesso.
Mazzaropi entendia, e depois do terceiro filme abandonou a Vera Cruz para abrir sua própria produtora, a PAM (Produções Amácio Mazzaropi), desfeita somente quando ele morreu, em junho de 1981. Na PAM ele produziu e dirigiu os 24 longas-metragens, nos quais atuou consolidando como quis o seu personagem caipira de fala arrastada, camisa xadrez sempre abotoada até o pescoço, paletó apertado, calças curtas sobre botas de cano curto e um toco de cigarro no canto da boca. A figura do caipira do interior, bondoso e ingenuamente maroto, arrastava multidões aos cinemas. Seu público sabia que, invariavelmente, todo dia 25 de janeiro havia no Cine Art Palácio, em São Paulo, a estréia de mais uma aventura do Jeca.
Não demorou muito para Mazzaropi tornar-se um invejado produtor milionário. Os críticos limitavam-se a ver nele apenas o empresário bem-sucedido, e, depois, ignoraram seu trabalho por completo. “Bom filme é filme que o povo gosta. Tudo o que tenho devo ao meu público. Quando eu morrer, tudo isto vai ficar para o cinema nacional”, respondia Mazzaropi.
Mas a melhor explicação para o fenômeno Mazzaropi foi dada pelo escritor e crítico de cinema da Folha de São Paulo Inácio Araújo: “A crítica nunca esteve com ele porque Jeca representa o Brasil subdesenvolvido, analfabeto, que ela não quer ver. Para o público, ele representa a vingança dessa massa de migrantes que vem do campo e se defronta com os códigos da cidade grande. É a malícia do campo contra a malícia da cidade. E a primeira ganha”.
Em comemoração ao centenário de seu nascimento, a Cinemateca Brasileira (São Paulo-SP) e o Instituto e Museu Mazzaropi (Taubaté-SP, cidade para onde se mudou quando criança) apresentam retrospectiva de seus filmes, além de eventos, com shows, debates, exposição e apresentação de filmes em praça pública.
Francisco Ponce
Arte tem idade?
No dia 21 de agosto de 1931 nascia em Lins, Francisco Ponce. Figura que anos depois se tornaria referência em arte e cultura na cidade. Não há como falar da história do município sem citar a trajetória de vida do linense.
Quem vê o sorriso no rosto de Francisco, 80 anos, não imagina tudo o que já superou. O constante bom humor e a tranquilidade que ele mostra diariamente escondem um passado cheio sonhos, determinação e muito trabalho.
Apesar da curiosidade pelos desenhos já existir desde a infância, sua aproximação com a arte se deu de forma natural; primeiro trabalhando com os seus tios como pintor, depois trabalhando por muitos anos com publicidade (pinturas) por toda a cidade. Trabalhou também como funcionário público estadual no Hospital Clemente Ferreira, onde mais tarde se aposentou.
Francisco Ponce teve sua infância ao lado dos cinco irmãos e dos pais no bairro da Vila Alta, onde vive até hoje. Perambulou em busca de trabalho por todos os cantos, com um sonho: de um dia ser artista. Desde muito novo, Francisco já rabiscava alguns desenhos, sem saber que se tornaria reconhecido por realizar grandes obras. A arte, que ele considera um dom desde o primeiro dia de vida e também uma profissão, descobriu Francisco e Francisco doou-se à arte.
Também ficou conhecido por fazer inúmeras esculturas em madeira, publicidades, desenhos, artes plásticas e pinturas. Com ingenuidade e espontaneidade, sem saber que a arte possui as mesmas características, Francisco mais tarde conquistou seu próprio espaço, onde ninguém mais duvidaria do seu talento.
Pouco a pouco, o artista conseguiu superar as barreiras e mudou o destino a seu favor. Foi então que a história dele começou a mudar. Eram aproximadamente 20 quadros por ano. No total são 300 quadros, 70 esculturas e uma curiosidade sem tamanho de conhecer a infinidade de uma paleta de cores. Quais seriam as cores que essa vida tem? A arte tem idade para terminar?
Paixão pela vida, pela família e pelas cores. Paciência, disciplina e profundidade são as qualidades visíveis e notáveis do artista. Francisco pintava com amor sem nenhum interesse em ganhar dinheiro com esse trabalho. Essa é a arte dele. Pequenos gestos e nota 10 no quesito criatividade.
Francisco gostava de pintar quadros grandes, não se apegava a miniaturas. Apreciava, pois, espalhar suas ideias em espaços amplos, onde pudesse colocar os detalhes mais importantes.
Francisco fez curso técnico de desenho na escola Fernando Costa. Era amigo e vizinho do consagrado artista Manabu Mabe, foi professor da pintora linense Joanita Cavalcanti, amigo de Saul Antônio Boa Sorte e também teve influências de Teisuke Kumassaka, pessoa que se tornou próxima devido à pintura.
Em 1978, Francisco decidiu que era a hora do seu sonho sair do papel e virar realidade. Alugou um galpão (Pinturas Ponce) em frente ao atual prédio da Ponce Tintas e prestava serviços de pintura e publicidade com apenas quatro funcionários. A determinação do pintor, junto ao seu filho transformou a empresa em comércio de tintas. Hoje, são três lojas no mesmo segmento com mais de 22 funcionários, que ficam nas mãos dos seus filhos.
Ao lado de Francisca há 55 anos, o casal teve quatro filhos: Francisco Carlos Perez Ponce, José Geraldo Perez Ponce, Luiz Geraldo Perez Ponce e Rita de Cássia Perez Ponce. Um dos episódios mais marcantes de sua vida foi a perda do seu filho Francisco Perez Carlos Ponce em um acidente de carro no ano de 2005.
Hoje, Francisco leva uma vida menos agitada ao lado da sua esposa Francisca, de 78 anos. Passa diariamente na Ponce Tintas e na parte da tarde vai para o rancho no rio Dourado, pescar, cuidar da horta e das plantações e descansar.
Com centenas de trabalhos em seu currículo e com toda a disposição para o trabalho, Francisco decidiu que era a hora de tirar um tempo para si próprio. Após a aposentadoria, Francisco deixou o trabalho no comércio e se dedica aos quadros e esculturas apenas como hobby.
Francisco não reclama da vida, tem somente a agradecer por ter desfrutado ao máximo todo o prazer que a pintura lhe proporcionou. O amor e dedicação de Francisco à arte irão acompanhá-lo até os últimos dias. Sempre com um toque de sensibilidade e sonhos que se tornam possíveis e reais com alguma criatividade.