sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lins tem 17 pacientes em tratamento da tuberculose

Dados da secretaria de Saúde de Lins e da Unidade Básica do Ribeiro “Péricles da Silva Pereira”, registraram de agosto de 2010 até o início de setembro de 2011, 74 pessoas contaminadas por tuberculose. Do total, constam uma criança de dois anos, um adolescente de 13 anos, e dois óbitos em 2010, decorrentes de complicações, saúde debilitada e baixa imunidade.
Segundo a enfermeira responsável, Mariane Bordignon, atualmente estão em tratamento 17 pacientes. “A maior incidência de contaminados está na faixa etária entre 24 a 59 anos. O uso de drogas é o responsável pelo maior número de contaminações, que se devem à falta de prevenção adequada. O nosso objetivo é conscientizar a população de que a doença tem cura quando tratada corretamente. É preciso que todos saibam que a prevenção é precisa ser feita” esclarece a enfermeira.
Após passar por consulta médica, são realizados exames de glicemia, HIV, raio X do tórax, hemograma, baciloscopia, entre outros, para detectar a doença. Quando positiva, é encaminhada à UBS. “O tratamento é feito à base de antibióticos e é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Após seguir o período corretamente são feitos novos exames para obter o resultado do tratamento”, informa Mariane.
A unidade especializada possui um médico fisiologista, Maurício Galhardo, duas enfermeiras e um visitador sanitário devidamente preparado para fazer as notificações. Somente a UBS do bairro do Ribeiro executa esse tratamento e disponibiliza mensalmente os remédios para os pacientes que são acompanhados pelas agentes de saúde habilitadas e pelo PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde).
A doença infecto-contagiosa é causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK)) que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, um grande número de pessoas no mesmo local é a principal forma de transmissão. A pessoa contaminada expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.
De acordo com o ministério da Saúde, alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos ou meses. Na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário