Uma pesquisa revela que 58% dos brasileiros com mais de 60
anos desejam viajar pelo país (veja vídeo ao lado). “Já viajei para Minas, Rio,
São Paulo. Já passeei bastante, no litoral”, conta, entusiasmada, Leontina
Carvalho, de 80 anos.
E não é só dentro do Brasil que a ‘moçada’ gosta de passear.
Nos últimos cinco anos, vem crescendo cada vez mais a busca, pelo público
idoso, de agências de viagem para conquistar educação internacional e conhecer
novas culturas, como confessam, por exemplo, Paulo Rocha, 73, e Altevir Wassem,
75, que pretendem ir à Europa para visitar a Itália, Israel e Portugal – de
avião e navio.
Obstáculos
No entanto, o desafio das cidades brasileiras para atender
bem o turismo da 3ª idade é eliminar alguns obstáculos que surgem pelo caminho
desses turistas.
Calçadas irregulares, a altura dos degraus para subir e
descer do ônibus, a falta de opções mais leves nos cardápios dos restaurantes e
a ausência de rampas e banheiros adaptados são algumas das reclamações mais
frequentes da maioria dos idosos que participaram da pesquisa.
“A gente tropeça. Não pode olhar para cima, tem que olhar só
para o chão. É complicado”, conta a aposentada Jandira de Nadai, de 73 anos,
que se desequilibrou numa calçada irregular.
Eunice Prado, de 86 anos, e a filha dela, de 65, acharam a
culinária do Nordeste uma tentação, mas sentiram falta de opções mais leves no
cardápio. “Queria experimentar a culinária daqui, mas parece que não fez muito
bem não, muito pesado”, conta Eunice.
Exceção à regra, alguns comerciantes já pensam no bem-estar
do idoso durante a viagem. No Ceará, uma barraca de praia tem rampas e
banheiros adaptados. “Nós temos um caso de pessoas da terceira idade que já
vieram aqui três vezes e depois trouxeram um grupo de 50 pessoas”, conta o
comerciante Mamede Rebouças.
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